A Câmara Municipal de Oeiras vai avançar com medidas preventivas de mitigação imediata dos efeitos das cheias e inundações em Algés.

O plano, emitido no dia 6 de junho em despacho interno pelo Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, prevê a instalação de comportas contra enchentes a colocar em todos os acessos habitacionais e de comércio na baixa de Algés, uma estação elevatória com sistema automático de bombagem, sistemas de retenção e encaminhamento de águas, entre outras.

Ao todo, são nove medidas de prevenção para serem desenvolvidas de imediato enquanto não são realizadas as obras estruturais necessárias, cuja execução é da responsabilidade do Governo, para resolverem o problema das cheias em Algés que, em períodos de chuva intensa, acumula as águas pluviais que vêm de Lisboa e Amadora.

O Município de Oeiras já se disponibilizou a financiar metade do custo da obra, cabendo à Administração Central a responsabilidade de avançar com o restante investimento para o alargamento da ribeira de Algés. 

Enquanto isso, e porque a salvaguarda da vida humana, dos bens pessoais e infraestruturas municipais é uma das maiores preocupações do executivo municipal, vai ser posto em prática um plano de mitigação que contempla, em detalhe, as seguintes medidas:

>> Instalação de comportas contra enchentes a colocar em todos os acessos habitacionais e de comércio na zona compreendida entre o Largo Comandante Augusto Madureira e Rua Major Afonso Palla, de acordo com o levantamento efetuado pela Proteção Civil Municipal;

>> Desenvolver um estudo, em articulação com o SIMAS Oeiras e Amadora, para que seja desenvolvida uma estação elevatória com sistema automático de bombagem a instalar na Rua Major Afonso Palla para escoamento das águas pluviais para a Ribeira de Algés;

>> Dar aos Bombeiros Voluntários de Algés sistemas de retenção e encaminhamento de águas para garantir a salvaguarda dos edifícios municipais mais afetados pelas cheias e inundações;

>> Fazer um levantamento exaustivo de munícipes em situação de vulnerabilidade e que habitem nas zonas de Algés sujeita a cheias, mantendo a mesma atualizada;

>> Criar um sistema de alerta através de difusão eletrónica (telefones móveis) para os habitantes das zonas de risco de cheias de Algés, gerido pela Proteção Civil Municipal;

>> Criar um declive menos acentuado na zona de encanamento da Ribeira de Algés (Largo Comandante Augusto Madureira), por forma a permitir um mais fluido caudal de água;

>> Criar um sistema de alerta sonoro na zona de risco de cheia de Algés, utilizando as infraestruras municipais e da empresa municipal Parques Tejo, já existentes;

>> Efetuar anualmente uma vistoria à Ribeira de Algés, procedendo, se necessário, aos trabalhos de desassoreamento da mesma no ponto de junção com o rio Tejo;

>> Dotar a Proteção Civil Municipal com um sistema de bombas de extração de água de alto débito para utilização partilhada com os Bombeiros Municipais.